segunda-feira, 15 de novembro de 2010

TolerÂNCIA

     Pare e observe por um instante, como amigos, namorados, pais e filhos, se relacionam.Conseguiu? É um sinal de que nem tudo está perdido. Ah, não é? Talvez seja porque você se enquadre no mesmo padrão inovador e moderno ao qual me refiro. Agora que você percebeu as mazelas deixadas por relações profundamente alteradas e irreversivelmente danificadas pelo modernismo mórbido, perceba o mundo a sua volta por inteiro. Olhe para dentro e para fora de si mesmo.
     Você é tolerante? Ou você mascara sua ância nas mesmas mazelas formadoras da sociedade atual? Pense duas vezes antes de chutar o cachorro do vizinho pelo simples fato de ele estar defecando na sua grama. Ele é irracional! Coloque na balança se vale à pena descontar seus desgostos no seu filho, por ele estar brincando realizado com a bola nova. Levante-se da depressão que cerca seu sofá e vá jogar futebol com ele!
     Quem sabe seja esse o caso. A selva de pedra que chamamos de cidade sufoca os instintos humanos que deveriam aflorar espontaneamente. A energia que move o homem não vem tão somente dos suplementos alimentares que você toma. O cheiro verde da mata, o frescor da água corrente do rio - se é que este não se encontra outrora liquidado pela poluição - trazem à tona as origens, resgatam a presença divina em quem acreditava estar sozinho, e talvez por isso manifestasse incessantemente a ância.
     Tente se lembrar de como eram bons os momentos de contato profundo com a natureza. E voltando as percepsões, perceba que você é e sempre foi parte da natureza, que é o exemplo de tolerência no qual você deveria se espelhar.

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